08/08/2011

CUIDADO !!!

O pequeno Zeca entra em casa,
após a aula,
batendo forte os seus pés no assoalho da casa.
Seu pai, que estava indo para o quintal fazer alguns
serviços na horta,
ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.
Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado.
Antes que seu pai
dissesse alguma coisa, fala irritado:
- Pai estou com muita raiva.
O Juca não deveria ter feito comigo.
Desejo tudo de ruim para ele.
Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria,
escuta, calmamente,
o filho que continua a reclamar:

- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos.
Não aceito.
Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.

O pai escuta tudo calado
enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão.
Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado.

Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma
pergunta, o pai lhe propõe algo:

- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha
que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão
é um mau pensamento seu, endereçado a ele.
Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa,
até o último pedaço.
Depois eu volto para ver como ficou.

O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra.
O varal com a camisa estava longe do menino
e poucos pedaços acertavam o alvo.

Uma hora se passou
e o menino terminou a tarefa.
O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta:

- Filho como está se sentindo agora?

- Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.

O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela
brincadeira, e carinhoso lhe fala:

- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.
O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande
espelho onde pode ver seu corpo todo.
Que susto! Só se conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos.

O pai, então, lhe diz ternamente:
- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou;
mas, olhe só para você.
O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu.
Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém
com nossos pensamentos,
a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos...

Moral da história

Cuidado com seus pensamentos; eles se transformam em palavras.
Cuidado com suas palavras; elas se transformam em ações.
Cuidados com suas ações; elas se transformam em hábitos.
Cuidado com seus hábitos; eles moldam o seu caráter.
Cuidado com seu caráter; ele controla o seu destino

Nenhum comentário:

Postar um comentário